Atlas Do Cabelo — Document
Transcript(fonte: http://www.slideshare.net/aikita/atlas-do-cabelo
último acesso:04/04/2012)
· Atlas
do Cabelo by L'oréal Techinique Professionnelle A DERME A pele constitui-se de
3 camadas. A EPIDERME, verdadeiro escudo protege a pele das agressões externas.
Muito delgada, sua espessura varia, segundo a localização, entre 0,04 mm e 1,6
mm. A HIPODERME é o tecido de reserva e de sustentação. É a camada mais
espessa: de 0,5 á 3 cm segundo as zonas. Esse tecido isola dos choques e das
variações de temperatura. A DERME, tecido conjuntivo fibroso, com espessura
variando de 1 a 2 mm, segundo as zonas, constitui o arcabouço da pele. Suas
células, fibroblastos, fabricam fibras de colágeno que dão resistência e
firmeza à pele, além de fibras de elastina, que lhe conferem flexibilidade e
elasticidade. A Derme desempenha, portanto, uma função de coesão. Ela é
responsável pela nutrição da Epiderme, graças a uma intensa vascularização. E
essas funções, acrescentam-se as seguintes: - Reserva de água (alimentação das
células de Epiderme) - Regulação térmica (micro circulação) - Sensações tácteis
(rede nervosa) - Permeabilidade e filtração OS CAPILARES SANGUÍNEOS São muito
finos e se organizam em redes complexas, entre as arteríolas e as vênulas. É no
interior desses capilares sanguíneos que se efetuam as trocas gasosas e
nutritivas. Eles trazem os elementos nutritivos e levam os rejeitos celulares.
OS NERVOS Eles nos possibilitam perceber sensações. A invervação do folículo
piloso é bastante complexa. Ela se constitui dos seguintes elementos. - A
inervação motora do músculo eretor. - A invervação da papila. - A inervação
sensitiva do cabelo.
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2. O
folículo piloso apresenta uma intensa inervação sensitiva, o que se explica as
dores à tração e as sensações dolorosas do couro cabeludo. OS MÚSCULOS ERETORES
A semelhança de todos os músculos de nosso corpo, eles se contraem quando o
sistema nervoso lhes dá uma ordem nesse sentido. Então, eles se acumulam sobre
si mesmos, encolhem e repuxam as bases dos folículos, colocando, assim, o fio
de cabelo em posição vertical. As influências psíquicas (o medo, em particular)
muitas vezes são responsáveis por esse formato. AS GLÂNDULAS SEBÁCEAS São sacos
repletos de células claras e volumosas, com um pequeno núcleo central. São
anexa a um pêlo e secretam sebo.
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3. O SEBO
É o resultado de uma excreção, provocada pelo rompimento dessas células
carregadas de gordura. O sebo desempenha uma função protetora contra a agressão
cutânea. Os principais componentes do sebo são os seguintes: - Glicerídios 43%
- Ácidos graxos livres 16% - Ceras esterificadas 25% - Esqualano 12% -
Colesterol 4% - Hidrocarbonetos saturados vestígios O escoamento normal do sebo
possibilita a flexibilidade e a boa resistência da camada córnea e do cabelo.
AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS Regulam a temperatura do organismo através da secreção
do suor. O SUOR Produzido pelas glândulas sudoríparas, regula a temperatura do
organismo. A evaporação é o único meio de eliminar o calor quando a temperatura
externa é elevada. O suor é ácido (pH entre 4 e 6,8) e contém 99% de água,
uréia, amônia, ácidos lático e pirúvico. Esse pH lhe confere propriedades
antisséticas e antifúngicas. A PAPILA DÉRMICA E O FOLÍCULO PILOSO A papila
dérmica encontra-se na base de um saco alongado, derivado da Epiderme, que é o
folículo piloso. Ela tem uma rica vascularização e constitui-se de uma multidão
de células específicas: os queratinócitos. A parte inferior do bulbo piloso,
que é a matriz do cabelo, encerra a zona de divisão celular.
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4. Cada
célula se divide e cria uma célula-filha, que é impulsionada para o alto e pelo
nascimento de outras células. Elas se queratinizam progressivamente na parte
superior do bulbo piloso, para dar origem aos fios de cabelo. Na Epiderme , as
células basais se multiplicam a cada período de 457 horas. A taxa de
multiplicação das células da papila dérmica, a cada período de 39 horas, é uma
das mais elevadas que se conhece. Isso explica a sensibilidade do cabelo aos
diferentes agentes que bloqueiam a multiplicação celular. O bulbo piloso atinge
sua largura máxima a meia altura da papila. Uma linha transversal nesse nível
(>linha de Auber<) constitui o limite superior do território onde se
expandem e se multiplicam os queratinócitos e os melancócitos. Um fenômeno
importante ocorre na zona queratógena , que é a parte superior do bulbo As
células vão sofrer mutações: degenerar-se, alongar-se, morrer pela perda do
núcleo e endurecer, produzindo uma proteína rica em enxofre - a queratina. Ela
formará o esqueleto do cabelo. No nível da zona queratógena se individualiza a
bainha epitelial interna. Constituída de diversas camadas celulares
concêntricas, ela acompanha o cabelo no seu crescimento até o ponto onde
desemboca o canal sebáceo: o colo. A haste pilar torna-se , então, livre. A
bainha epitelial externa é um invaginação da epiderme. Suas células não passam
pelo processo de queratinização. A CUTÍCULA Outras células da matriz do cabelo
se achatam e se alongam para formar a cutícula.
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5. A
cutícula , superfície protetora do cabelo, é formada de uma camada única de
células que se recobrem parcialmente, como escamas de peixe, com a borda livre
direcionada para a extremidade do fio de cabelo. Como as escamas se recobrem
diversas vezes umas às outras, um corte transversal da cutícula da à impressão
de uma estrutura de camadas múltiplas de 3 a 10 espessuras. Essas células
cuticulares, muito achatadas (0,5 micrometros) e muito alongadas (45
micrometros) são constituídas de três partes: - A epicutícula - A exocutícula -
A endocutícula Esses diferentes elementos são constituídos, principalmente, de
material protéico que será tanto mais rico em enxofre (e portanto, em cistina)
quanto mais nos aproximamos da superfície que esta em contato com o mundo
exterior. A cutícula desempenha um papel muito importante. Ela contribui para a
coesão do cabelo, mantendo as fibras de queratina do córtex em uma
"bainha" particularmente resistente. Ela é muito estável do ponto de
vista bioquímico e resiste a forças físicas e químicas potente. Quando a
cutícula se degrada, perde seu poder protetor e a coesão interna do cabelo fica
reduzida. O cabelo torna-se, então, extremamente fragilizado. Na parte central
do cabelo, a medula (canal medular) é constituída por pilhas de células
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6.
mortas, que se esvaziaram de sua substância e estão separadas por bolhas de ar.
A medula muitas vezes é intermitente e, por vezes, chega a estar até mesmo
totalmente ausente, o que faz supor que ela não tenha uma real importância
funcional. Em muitos animais a medula representa 2/3 do pêlo. São células
vazias, cheias de ar, que fazem às vezes de isolante térmico. Esse papel é
inútil par ao homem, o que explica seu desaparecimento. O CÓRTEX As células
queratinizadas, situadas no centro do folículo, tornam uma forma de fuso, muito
alongada. Elas constituem o coração do cabelo: o córtex. Trata-se da parte mais
importante do cabelo. O córtex contribui, em grande parte, para as propriedades
mecânicas do cabelo: - Solidez: a carga necessária para que se obtenha a
ruptura de um fio de cabelo natural sadio, varia entre 50 a 100 gramas. -
Elasticidade: se esticarmos moderadamente um fio de cabelo seco ou úmido, ele
se recuperará bastante rapidamente seu comprimento inicial. Entretanto, é
preciso que esse alongamento não ultrapasse 3% aproximadamente. -
Permeabilidade: o cabelo pode absorver até 35% de seu peso em água. Seu
diâmetro pode aumentar em 15 a 20%, seu comprimento, de somente 0,5 a 2%. A
absorção da água vem acompanhada de uma dilatação, da qual depende a maior ou
menor facilidade de penetração de certas moléculas orgânicas. As células
corticais são coladas umas às outras e orientadas no sentido da haste do fio de
cabelo. A CÉLULA CORTICAL Fusiforme, com uma largura de 2 a 5 micrometros e
comprimento de aproximadamente 100 micrometros, constitui-se de fibras: as
macrofibrilas.
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7. AS
MACROFIBRILAS Constituem-se de microfibilas, envoltas em uma matéria amorfa,
rica em enxofre. É aí que se encontram os grãos de melanina, responsáveis pela
cor dos cabelos. AS MICROFIBRILAS São fibras menores, formadas pela reunião de
5 a 11 protofibrilas. AS PROTOFIBRILAS Têm a forma de uma corda trançada, com 2
ou 3 fios. Cada fio é uma cadeia de queratina com baixo teor de enxofre,
enrolada sobre si mesma, em forma de hélice.
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8. AS
CADEIAS DE QUERATINAS Ligam-se entre si por diferentes ligações químicas: As
pontes de dissulfeto, as ligações hidrógenas e as ligações salinas. Essas
ligações proporcionam a coesão desse edifício complexo. O CICLO DE VIDA DO
CABELO O cabelo cresce, em média, de 1cm a 1,5 cm por mês. Cada fio de cabelo
tem um ciclo de vida de 4 anos, aproximadamente. Cada folículo piloso está
programado para ter, em média, 25 ciclos de vida. Na papila dérmica se
desenvolvem as três fases de um ciclo. Fase Anagenética A divisão celular é
contínua, as novas células empurram as velhas para o exterior. 3 a 5 anos. Fase
Catagenética A produção de células fica muito mais lenta e, em seguida, cessa
completamente. 3 a 4 semanas. Fase Telogenética O folículo piloso se retrai e
sua base se aproxima da superfície da pele. 3 a 4 meses.
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9. Fase
Anagenética 1º Um novo fio de cabelo nasce dentro da papila dérmica. 2º Ele
empurra o fio de cabelo em fase telogenética. 3º Assim, o novo fio de cabelo
cresce regularmente e expulsa o fio antigo. 4º A divisão celular é contínua. As
novas células empurram as velhas para o exterior. A QUEDA DOS CABELOS Como
certos folículos pilosos têm ciclos de vida mais curtos do que outros,
aproximadamente 60 fios de cabelos caem naturalmente a cada dia, enquanto que
outros fios surgem. Se a duração da fase telogenética aumentar em relação à
fase anagenética, o equilíbrio rompe-se e os fios de cabelo caem em maior
quantidade do que aquela que seria normal. A atividade pode cessar
completamente, os cabelos podem não voltar a crescer. As causas desse fenômeno
são complexas e múltiplas. É preciso distinguir os fatores que desencadeiam as
quedas passageiras ou as quedas definitivas. AS QUEDAS PASSAGEIRAS São
definidas como uma perda de cabelo anormal, porém momentânea. Podem ser
atribuídas aos seguintes fatores: - estresse psíquico: secreção hormonal
alterada; - estresse físico: intervenção cirúrgica, hemorragia, febre elevada;
- origem medicamentosa: anticoagulantes, medicamentos antitiróideos, anti-reumáticos
e antimicóticos; - carência de oligoelementos: cálcio, manganês, zinco e ferro.
Em caso de gravidez, as modificações mais menos intensas das taxas de hormônios
femininos induzem um estado de repouso nos folículos. Alopecias passageiras,
localizadas, como a pelada, podem explicar-se pela constituição genética, por
perturbações imunitárias ou por antecedentes familiares. AS QUEDAS DEFINITIVAS
Explicam-se por uma atrofia da papila dérmica. Suas causas podem ser múltiplas:
- infecções bacterianas ou micóticas do couro cabeludo; - afecções
dermatológicas: a psoríase;
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10. - um
distúrbio imunológico causado pela alopecia areada. A calvície mais comum é a
alopecia androgenética. Os hormônios masculinos ou androgenéticos constituem um
dos fatores essenciais da queda definitiva dos cabelos, especialmente a
testosterona. Esse hormônio passa dos testículos para o sangue e, em seguida,
do sangue para o bulbo piloso. Nesse momento, a testosterona inativa se
transforma sob a influência de uma enzima, a 5-alfa-redutase ou
diidro-testosterona ativa, que intensifica a atividade dos folículos pilosos. O
fio de cabelo, que tem um ciclo de vida de aproximadamente quatro anos,
reproduzindo-se, em média, 25 vezes, pela ação da diidrotestosterona, tem esse
ciclo reduzido para alguns meses e então ocorre uma calvície precoce. CABELOS
OLEOSOS E CABELOS SECOS A beleza do cabelo depende, em grande parte, da
glândula sebácea. Essa glândula produz e descarrega, no colo, uma substância
graxa, o sebo. O suor secretado pelas glândulas sudoríparas se mistura ao sebo
para proteger e lubrificar o couro cabeludo e o cabelo. Esse filme protetor
desempenha um papel importante, qualquer que seja sua quantidade. O sebo e o
suor recobrem o couro cabeludo, mantém sua elasticidade e sua resistência,
lubrificam o cabelo, que ficará mais flexível e brilhante. Essa proteção
essencial se renova continuamente. Entretanto, esse filme hidrolipídio pode
tornar-se excessivamente abundante. Basta uma simples variação de 10%, para que
os cabelos fiquem oleosos. O afluxo hormonal age sobre as glândulas sebáceas
que produzem, então, o sebo, em quantidade excessiva. O sebo migra por
capilaridade entre dois ou diversos fios de cabelos vizinhos, à razão de 2 a
3,5 mm/minuto e até 16 cm do couro cabeludo, aproximadamente. O excesso de sebo
também se deposita do couro cabeludo e provoca irritações. Na situação inversa,
as glândulas sebáceas podem fabricar muito pouco sebo. O couro cabeludo e os
fios de cabelo não ficam suficientemente protegidos e nem recebem lubrificação.
O couro cabeludo resseca e pode ficar irritado. As escamas que formam a
cutícula se deterioram, seus bordos livres se encurvam. Os cabelos ficam secos
e foscos. As portas se rompem mais facilmente e se abrem em forquilha. Os fios
de cabelo se prendem uns aos outros e ficam embaraçados.
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11. A
CASPA As células da epiderme levam de 30 a 45 dias para se renovarem
totalmente, ou seja, para que um queratinócito basal se divida, migre dentro da
epiderme até a sua superfície. Lá, as células descamam diariamente, sob a forma
de uma fina poeira invisível. Nos casos de caspa, esse processo fica
extremamente modificado e exagerado: as células epidérmicas caem, aglomeradas
uma às outras sob a forma de escamas visíveis. Essas alterações resultam de uma
descamação excessivamente rápida, devido a uma maior produção de células
epidérmicas. Existem dois tipos de caspa: - A pitríase simplex ou "caspa
seca", caracterizada por escamas secas, finas, cinzentas ou acastanhadas.
- A pitiríase esteatóide ou "caspa oleosa", associada, geralmente, a
uma seborréia caracteriza-se pelas escamas oleosas e espessas, que aderem ao
couro cabeludo formando uma espécie de camada untuosa. A caspa, muitas vezes,
se faz acompanhar de coceira mais ou menos intensa. As causas da caspa,
controversas durante longos anos são atualmente mais conhecidas.
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12. A
caspa, provém da modificação intensa, qualitativa e quantitativa, da população
microbiana que vive no couro cabeludo. Em particular, um fungo, o
"pityrosporum ovale", que está presente, em condições normais, no
couro cabeludo sadio, prolifera exageradamente até constituir 75% da microflora
local. Foi provado que esse fungo pode desencadear uma inflamação no couro
cabeludo por uma reação do tipo imunitário. Essa inflamação provoca,
principalmente, uma aceleração tanto da renovação celular epidérmica quanto da
descamação, provocando o aparecimento da caspa. A reação imunitária é
individual. Assim sendo, em presença de colônias equivalentes
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13. de
pityrosporum ovale, certas pessoas têm caspa e outras, não. Mas se, por um
lado, a proliferação do pityrosporum ovale aparece como sendo uma causa
preponderante nos casos de caspa, por outro lado ela é uma conseqüência em
caráter secundário, já que o couro cabeludo com caspa oferece a esse fungo um
habitat privilegiado: instaura-se, então, uma espécie de círculo vicioso. AS
CADEIAS DE QUERATINA... E SUAS LIGAÇÕES O cabelo é constituído de uma molécula
preponderante, a queratina - proteína de estruturas geral idêntica, ela é muito
diferente na sua composição de ácidos aminados de natureza diversa. A luz, a
água, o envelhecimento natural, certos procedimentos capilares provocam a
dissolução referencial de quatro ácidos aminados: o ácido aspártico, o ácido
glutâmico, a serina e a glicina. A queratina amorfa do córtex e da cutícula é,
em geral, muito rica em enxofre (cistina). Em compensação, a queratina
cristalina, que forma as protofibrilas, é pobre em enxofre. As cadeias de
queratina orientam-se paralelamente ao eixo longitudinal da haste do fio de
cabelo. A coesão dessas cadeias se faz: - por rede de pontes de dissulfetos,
ligações salinas que se estendem de uma cadeia de queratina a outra; - por
ligações hidrógenas que se estendem entre espiras e entre cadeias. Essas pontes
e essas ligações também fazem parte da queratina amorfa, porém em maior número.
A ruptura de qualquer dessas forças de ligação provoca uma instabilidade do
edifício molecular. A composição média da queratina resulta da combinação de 19
ácidos aminados: --------------------------------------
·
14.
alanina - 2,8 a 3,5 % valina - 5,0 a 5,8 % leucina - 6,4 a 6,9 % isoleucina -
2,3 a 2,5 % serina - 9,6 a 10,8 % treonina - 6,5 a 7,5 %
-------------------------------------- fenilalanina - 2,2 a 2,8 % tireosina -
2,1 a 2,7 % -------------------------------------- ácido aspártico - 5,6 a 6,5
% ácido glutâmico -14,3 a 15,5 % glicina 3,3 a - 3,5 %
-------------------------------------- lisina - 2,6 a 3,1 % arginina - 8,8 a
9,6 % histidina - 0,8 a 1,1 % -------------------------------------- cistina -
14,0 a 16,5 % metionina - 0,5 a 0,9 % ácido cisteico - vestígios
-------------------------------------- As cadeias de queratina orientam-se
particularmente ao eixo longitudinal da haste do fio de cabelo. A coesão dessas
cadeias se faz: - por redes de pontes de dissulfetos, ligações que se estendem
de uma cadeia de queratina a outra; - por ligações hidrógenas que se estendem
entre espiras e entre cadeias. Essas pontes e essas ligações também fazem parte
da queratina amorfa, porém em maior número. A ruptura de qualquer dessas forças
de ligação provoca uma instabilidade do edifício molecular. As pontes de
dissulfeto são as mais sólidas. Verdadeiras características da estrutura
queratínica, devido a sua contribuição essencial à solidez do cabelo, elas se
estendem entre cadeias de queratina a cada grupo de quatro espirais,
aproximadamente, como os degraus de uma escada que mantém as duas longarinas
laterais. As pontes de dissulfeto são sensíveis aos agentes químicos, em
particular aos redutores e aos oxidantes, que podem rompê-las.
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15. As
ligações salinas são ligações eletrostáticas que diminuem consideravelmente
quando o cabelo está mergulhado na água. Desaparecem totalmente em meio ácido
ou alcalino. Essas ligações salinas se efetuam entre cadeias de queratina,
aproximadamente a cada grupo de duas espirais. A ruptura das ligações salinas
explica o aumento de volume do cabelo em soluções ácidas ou alcalinas. As
ligações hidrógenas se criam entre os átomos de oxigênio e de hidrogênio dos
agrupamentos CO e NH do encadeamento de queratina. Essas ligações se
estabelecem entre as espirais (A) e entre as cadeias de queratina (B).
Calcula-se que existe uma ligação hidrógena entre cada espira. Elas podem ser
rompidas por moléculas de água que se inserem, ao mesmo tempo, entre as cadeias
de queratina e no interior da queratina amorfa. A ruptura das ligações
hidrógenas provoca o aumento de volume do cabelo. A DEFORMAÇÃO TEMPORÁRIA A
estrutura particular da queratina do cabelo, é, de fato, uma estrutura
elástica. Essa propriedade possibilita deformações de pouca amplitude,
totalmente reversíveis. Entretanto, a velocidade com a qual cabelo volta à sua
forma primitiva depende das condições em que se realiza essa deformação.
"A mise-en-plis" e a escova deformam o cabelo de modo temporário. As
quatro fases dessas duas técnicas: umidificação, enrolamento com rolos ou
escova, secagem, para em seguida, soltar o cabelo desencadeiam as ações
físico-químicas sobre as fibras de queratina. A água rompe as ligações
hidrógenas e salinas e provoca o deslizamento das cadeias de queratina, umas em
relação às outras. Essa ruptura torna possível a ação mecânica de um
"rolinho" ou de uma escova, para criar a forma desejada. Secando o
cabelo molhado, reconstituem-se novas ligaçõees salinas e hidrógenas, que mantém
nessa forma, porém momentaneamente. A DEFORMAÇÃO PERMANENTE Ela é obtida pela
ruptura das pontes de dissulfeto, das ligações salinas e hidrógenas, o que
torna a fibra momentaneamente plástica, ou seja, deformável sem elasticidade.
Em seguida, é preciso reconstituir as pontes de dissulfeto para fixá-las na
forma desejada. É assim que as cadeias de queratina e o cabelo recuperam sua
coesão. A REDUÇÃO Esquematicamente falando, trata-se de uma reação
eletroquímica que provoca
·
16.
transferências de elétrons, de um átomo de uma molécula para um átomo de uma
molécula. O redutor fornece os dois elétrons que se fixam aos átomos de enxofre
e separam a ponte de dissulfeto em duas meias pontes. Ele reduz seletivamente
as pontes de dissulfeto, sem agir sobre as demais espécies químicas
constituintes do cabelo. O líquido redutor (solução de Thiols: ácido
tioglicólico, tioglicolato de amônia, tioglicolato de glicerol, cisteína e
sulfito) rompe as ligações entre dois átomos de enxofre das pontes de
dissulfeto. O redutor prepara o cabelo para sua deformação. Porém, como se
trata de um mecanismo físico-químico, é preciso prestar muita atenção à escolha
do material, verdadeiro criador do enlace desejado, que será mantido em sua
forma permanente pelo fixador. As cadeias de queratina deslizam umas em relação
às outras. As duas metades de ponte se afastam. As meias pontes não estão mais
face a face. O enrolamento efetuado antes ou após a aplicação do líquido
redutor , confere ao cabelo a forma desejada. A FIXAÇÃO Para reconstituir as
pontes de dissulfeto em uma configuração diferente, o fixador capta os dois
elétrons fixados aos átomos de enxofre.
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17. O
fixador (oxidante: solução de água oxigenada com pH ácido e bromato de sódio)
reforma as ligações entre dois átomos de enxofre isolados. ... E OS PIGMENTOS
Os pigmentos de melanina podem ser classificadas esquematicamente em dois
grupos: - os pigmentos granulosos ou eumelaninas, que variam do preto ao
vermelho escuro, conferem ao cabelo as cores sombrias. - os pigmentos difusos
ou faeomelaninas, que variam do vermelho brilhante ao amarelo pálido, conferem
cores clara ao cabelo. É o grau de concentração dos pigmentos granulosos ou
difusos que explica a variedade das cores naturais dos cabelos. PROTA e
THOMSON, em 1976, isolaram um outro grupo de pigmentos faeomelanínicos,
chamados tricocromas, antigamente designados sob o nome de tricossiderina, que
seriam responsáveis pelas tonalidades ruivas. A cor dos cabelos se modifica. Em
geral, a cor torna-se mais escura com a idade, e, em seguida os cabelos brancos
aparecem progressivamente. Essa evolução parte do pressuposto de que o ritmo de
produção de melanina não é constante. Com o passar dos anos, ocorre, primeiro,
uma intensificação e, em seguida, uma diminuição do ritmo e, na maioria dos
casos, interrupção da formação de pigmentos. Os cabelos brancos aparecem,
geralmente entre 40 e 50 anos ou, em alguns casos, bem mais tarde. A
interrupção da produção de melanina explica o desaparecimento da cor. É muito
provável que a ausência, em certos melanócitos, do ácido aminado, a tirosina,
que a deficiência ou a inibição da enzima, a tirosinase, sejam as causas do
embranquecimento ou canície. Essa interrupção de produção de melanina tem,
provavelmente, origem fisiológica e genética.
·
18. A
COR: OS MELANÓCITOS, A MELANINA... A epiderme, os pelos e os cabelos são
coloridos. Os pigmentos melanócitos, que absorvem especificamente os raios
luminosos, são responsáveis pelas variações de cor. Na papila dérmica, os
melanócitos, células especiais, secretam grânulos de pigmentos absorvidos pelas
células da vizinhança: os queratinócitos. Uma unidade de melanização
constitui-se de um melanócito cercado de 30 queratinócitos, aproximadamente.
Ela repousa sobre a membrana basal. A fabricação da melanina pelos melanócitos
desencadeia uma série de reações químicas. A partir da tirosina, molécula
presente nos melanócitos, desenvolve-se uma série de reações químicas sob a
influência de uma enzima: a tirosinase. Após oxidações sucessivas, sendo que a
primeira é a de tirosina pela tirosinase, chegamos ao 5-6 didroxi-indol,
precursor da melanina. Esse precursor vai, por sua vez, ser a origem de uma
nova série de reações que resulta, por fim, na melanina. O 5-6 didroxi-inol
pôde ser isolado e reproduzido. Os melanócitos se assemelham a estrelas-do-mar.
Seus ramos, os dendritos, servem para injetar os grãos de melanina nos
queratinócitos. Em seguida, esses grãos de melanina se distribuem no córtex.
Quando maior for a atividade melanocitária, mais escuros serão os cabelos.
·
19. O
CLAREAMENTO A água, o ar e o sol clareiam ligeiramente os cabelos e lhes
conferem reflexos quentes. A água aumenta o volume dos cabelos. As moléculas de
oxigênio neles penetram e são ativadas pelo calor do ambiente. Trata-se de uma
oxidação suave dos pigmentos granulosos, gradativamente destruídos na periferia
do córtex. ... E A DESCOLORAÇÃO Pode-se provocar o clareamento do cabelo, indo
do tom escuro ao mais claro, através de
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20. uma
reação química que provoca uma oxidação mais intensa dos pigmentos. Os
pigmentos granulosos desaparecem progressivamente. Em seguida, os pigmentos
difusos são por sua vez, eliminados. Esse fenômeno explica o fato de que
determinados cabelos se descoloram adquirindo ou uma cor vermelha ou uma cor
amarelada. Aliás, todas as cores intermediárias são possíveis. Essas diferentes
cores são fundos de clareamento. Se o cabelo clareia, ele também pode ser
colorido por diferentes métodos... A COLORAÇÃO SEMI-PERMANENTE A COLORAÇÃO
DIRETA Os corantes utilizados são moléculas de dimensão reduzida, cuja
estrutura possui uma boa afinidade com a fibra capilar. Essas moléculas
penetram até a periferia do córtex e são eliminados gradativamente, pela
lavagem. Distinguem-se dois tipos de coloração direta. TOM SOBRE TOM Faz-se no
mesmo tom ou em tom mais escuro. Ela camufla os cabelos brancos em nuances
naturais, se não forem excessivamente numerosos, e se estiverem bem
distribuídos. É feita com produtos prontos para o uso. Não contém nem amônia
nem
·
oxidante, e não clareia os cabelos. REFLEXOS
Coloração no mesmo tom. Acrescentam reflexos à nuance natural dos cabelos.
Aplicam-se a cabelos naturais, sem cabelos brancos. Fazem-se com produtos
prontos para o uso. Não contém nem amônia nem oxidante e não clareiam os
cabelos. A COLORAÇÃO PERMANENTE A COLORAÇÃO DE OXIDAÇÃO QUE CLAREIA Da colorido
clareando, mas também no mesmo tom e em tom mais escuro. Recobre os cabelos
brancos. Age clareando e colorindo simultaneamente o cabelo. Necessita que três
elementos entrem em atividade: amônia, um oxidante e precursores de cor. A
amônia tem duas funções importantes: - aumentar o volume da fibra capilar , ou
seja, abrir as escamas do cabelo, para possibilitar a penetração dos
precursores. - liberar o oxigênio contido no oxidante. O oxidante também
desempenha duas funções: - agir sobre os pigmentos do cabelo para clareá-los,
oxidando-os. - oxidar os precursores para revelar os corantes. Os precursores
classificam-se em duas categorias: - as bases de oxidação (como o
paradiaminoben-zeno), que são responsáveis pela intensidade da cor e pelo
recobrimento dos cabelos brancos. - os acopladores (como a resorcina), que
possibilitam que se variem os reflexos (dourados, acobreados, acinzentados,
etc.)
·
22. Esses
dois grupos interagem para criar a cor. A cor obtida é, portanto, o resultado
da superposição do clareamento provocado e da cor aplicada. A COLORAÇÃO DE
OXIDAÇÃO TOM-SOBRE-TOM Essa coloração contém corantes que funcionam como os da
coloração de oxidação de clareamento. Entretanto, ela não contém amônia e o
agente alcalino utilizado tem uma potência muito fraca, o que explica o fato de
ela não clarear. Ela dá colorido no mesmo tom, ou em tom mais escuro. Convém a
todos os tipos de cabelo, e recobre os cabelos brancos em até 50%. Coloração
suave de grande durabilidade, ela se mistura com seu revelador específico
(oxidante extra-suave). O ATLAS DO CABELO foi produzido pela Divisão Coiffure
em colaboração com
·
23. os
laboratórios de pesquisa da L'ORÉAL As ilustrações foram extraídas do filme
METAMORFOSE Concepção e produção CLAERHOUT s.a. - Gent - Bélgica Editor
responsável CPI